Municipalização, a quem interessa ?

Municipalização da educação.

Foto: Mazinho do Hospital

Estamos acompanhando aqui em Barra de São Francisco nos últimos dias, uma verdadeira batalha no campo da educação. Trata-se da municipalização de escolas, onde o foco é a escola Governador Lindemberg, antigo Polivalente.

Nós já presenciamos situações lamentáveis de escolas que haviam sido municipalizadas no passado e que anos depois provou ser um prejuízo para o município. Talvez num primeiro momento,

os recursos que são repassados ao município, sejam suficientes para a manutenção das mesmas, mas no decorrer dos anos o que se vê não é bem isso.

Uma boa parcela dos professores de escolas que são municipalizadas está bem próxima de suas aposentadorias, e a quem caberá pagar a conta desses aposentados? Outro ponto a se destacar é que o município é o responsável para a reposição desse profissional.

A municipalização tornou-se uma obrigação na forma da lei, ou é uma decisão politica?  É preciso entender bem isso!, Hoje me parece que cada município recebe em torno de R$ 2.630,00 reais por aluno/ano matriculado em creches horário integral, e R$ 1.618,00 horário parcial. Enquanto na pré-escola esses valores são: R$ 2.630,00 horário integral e R$ 2.022,00 horário parcial. Desse montante 60% são para o pagamento dos profissionais, os 40% restantes são para as demais despesas, sabemos  que não são poucas. Afinal quem possui melhores condições para manter uma escola?

Penso que nós como sociedade se queremos realmente mudar a educação do país, precisamos começar no quintal da nossa casa, é participando de discussões que envolva a minha comunidade que eu ajudo a melhorar o meu país. Decisão como está não pode ter apenas profissionais da educação de um lado, e o poder executivo do outro, é preciso contar com toda a sociedade, e efetivamente com a participação das autoridades competentes, principalmente o Ministério Público, a quem caberá fiscalizar no futuro algum desmando ou falta de responsabilidade com a coisa pública.

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